Você quer ser um talento desejado pelo mercado? Já sabe como conseguir isto?
Comumente ouvimos que a crise econômica ou a evolução tecnológica são as causas do desemprego, mas porque será que há tantas vagas em aberto?
Todos os dias vemos estatísticas que apresentam altas taxas de desemprego, e por outro lado ouvimos diariamente das empresas que faltam talentos no mercado.
A grande maioria dos profissionais está míope, pois ainda não percebeu que o mercado não busca mais mão de obra para ser contratada, mas sim “talentos” que ajudem a empresa a alavancar os seus negócios.
A remuneração da mão de obra está em declínio, mas a remuneração do talento está em alta.
A passagem da era industrial para uma nova era onde o uso de informações e da oferta de serviços é a nova tônica da economia, leva o mercado consumidor a exigir que as empresas construam uma “experiência agradável” para o cliente, e isto não é o exercício de atividades padronizadas e repetitivas, características da era industrial.
O desafio das empresas em “mudar” para esta nova condição, não está apenas na implementação de novas tecnologias, mas sim na implementação de uma nova cultura organizacional focada no “talento” e na qualidade da satisfação dos clientes.
As empresas querem contratar profissionais que contribuam de maneira efetiva para as mudanças que precisam acontecer, para que elas possam se manter uteis junto ao mercado.
É isto, as empresas estão procurando “agentes de mudança”, mas isto ainda não está verdadeiramente explícito nos processos de contratação.
Outro aspecto é que muitas instituições de ensino, não ajudam seus alunos a se tornarem “talentos” desejados pelo mercado. Limitam-se a treinar alunos apenas para mudar de nível dentro de um sistema de ensino que já está ultrapassado.
Ofereço aqui para você, a minha contribuição, resultante de muitos anos como Especialista em Desenvolvimento Profissional, de forma que você possa considerar, dentro de uma macro-visão, o que precisa ser feito para que se torne um “talento desejado pelo mercado”.
5 dicas para o seu sucesso profissional!
Dica 1: Não se deixe alarmar pelas notícias que a tecnologia vai acabar com o seu emprego
A história da humanidade nos mostra que grandes mudanças sempre ocorreram, e que a necessidade de mudar a posição e a função profissional sempre foi a tônica das grandes mudanças. Vide a revolução agrícola, a revolução industrial, e agora a revolução tecnológica que vivemos.
Todas as espécies estão em evolução, e a raça humana não está fora disto. As adversidades sempre foram a alavanca a evolução, para todas as espécies.
A era industrial nos deixou um legado de que precisamos trabalhar para sobreviver, e parece que nos esquecemos de que o trabalho é uma oportunidade par superar desafios e para evoluir.
Em todas as grandes mudanças, em todas as eras, sempre houve uma reorganização da sociedade, onde o ser humano se adaptou a novas atividades, mantendo assim a sua condição de sobrevivência. As guerras e as pestes mataram muito, muito mais que as mudanças radicais que ocorreram.
Não deixe que os alarmistas de plantão, tirem o seu equilíbrio psicológico, mas esteja atento e observe que a cada dia estão surgindo novas oportunidades causadas por novas necessidades dentro de uma sociedade que está mudando as suas formas de se alimentar, de se locomover, de moradia, de consumir bens e serviços.
Deixar-se atingir pelos alarmistas de plantão é o grande perigo, pois vai embotar a sua visão das oportunidades que estão se apresentando, dentro das quais tem uma grande chance de você ser mais útil, viver melhor e manter-se alinhado a espiral evolutiva.
Acredite e aceite a mudança como uma necessidade de evolução da raça humana. Isto é permanente, não vai mudar, nunca.
Faça como o surfista, observe a onda que está chegando, alinhe-se com a força que ela tem, deixe que esta força te coloque na crista desta onda.
Não estamos em crise! Existem sim muitas oportunidades para os que não se deixam afetar pelos alarmistas de plantão, e que também tem coragem para ressignificar a sua utilidade junto a sociedade.
Acredite, você pode. A fecundação que deu origem a sua vida, foi o resultado de superação de adversidades, que você superou, ainda como espermatozoide.
Dica 2: Saiba quem você é, e daquilo que é capaz
Como definir a minha utilidade, se pelo menos não souber quem sou?
A grande maioria das pessoas não sabe responder adequadamente a esta pergunta.
Eu pergunto a você: Como você definiria os elementos que lhe constituem? Ou seja: Quais são as suas competências já desenvolvidas, competências latentes ainda não desenvolvidas, talentos já manifestados, talentos ainda encubados? O que você está buscando para se tornar uma pessoa melhor, um profissional melhor? Que desafios gostaria de enfrentar que lhe ajudassem na sua evolução?
Eu tenho por hábito fazer estas perguntas aos candidatos que entrevisto, para qualquer que seja o nível ou função em questão.
Gosto também de fazer a seguinte pergunta: Como você acha que poderia ser útil para a nossa empresa?
Poucos são os que realmente conseguem responder de forma consciente estas perguntas.
Se o mundo está em busca de “talentos”, como você está se apresentando para que seja reconhecido, sem que você realmente se conheça.
Minha dica para você, é que inicie a construção de sua utilidade junto ao mercado, conhecendo-se profundamente. Descobrindo (tirando o que está encoberto) o que está dentro de você, e que ainda não foi acionado.
Muitos são os métodos e processos que poderão lhe ajudar neste sentido, mas antes você precisa se conscientizar de que este é o passo inicial que você precisa dar para construir o sucesso de sua vida profissional.
Como contratar alguém que não se conhece e que não sabe realmente do que é capaz.
Um Curriculum, conta uma história do conhecimento que você tem, e de experiências que você vivenciou. Ele não mostra a realidade do que você é.
O mercado está em busca de “talentos” e se você estiver preparado para responder as perguntas acima, provavelmente você estará em condições de ser reconhecido como um “talento”.
Acredite, você é um “talento”. Bastar reconhecer-se, tirar o que está encobrindo de melhor que existe dentro de você, e se flexibilizar para dar diferentes formas úteis ao que você realmente é.
Dica 3: Desenvolva e incorpore competências comportamentais – Soft skills
As empresas estão procurando “agentes de mudança”, mas isto ainda não está verdadeiramente explícito nos processos de contratação.
As empresas querem contratar profissionais que contribuam de maneira efetiva para as mudanças que precisam acontecer, para que elas possam se manter uteis junto ao mercado.
As principais mudanças que precisam acontecer nas empresas, principalmente as que atuam fortemente com tecnologia, está no desenvolvimento de competências comportamentais as quais irão propiciar uma flexibilização dos modelos mentais de seus colaboradores.
Todos, todos os gurus que se referenciam ao “talento desejado” apontam para as competências comportamentais essenciais.
- Inteligência emocional
- Comunicação verbal e escrita
- Prevenção e Gestão de Conflitos
- Negociação
- Criatividade e inovação
- Identificação de causas e solução de problemas
- Gestão de talentos
- Dentre outras…
Estas, chamadas “Soft Skills” estão na base daquilo que as empresas estão procurando, e que definem ou não o “talento”.
Muitos dos conhecimentos de ordem técnica, ou seja os “Hard Skills”, já estão sendo substituídos pela automação ou pela inteligência artificial, sendo ainda que outros tem prazo de validade curto, frente a evolução tecnológica.
As competências comportamentais essenciais, além de serem hoje altamente desejadas, tem um prazo de validade muito maior que as competências ou certificações técnicas. Elas são hoje realmente a base da constituição de um “talento desejado”.
Nem sempre, o desenvolvimento destas competências está disponível nos cursos de graduação ou de pós-graduação MBA em um nível de profundidade para que realmente qualifique um “talento desejado”.
Certo é, que se você não investir de forma inteligente e eficaz nestas competências, mesmo que tenha muitas qualificações técnicas, você poderá ter dificuldades de posicionamento útil no mercado.
Dica 4: Transforme-se em um agente de mudanças
Num mundo de grandes mudanças, qual seria o talento mais desejado? O AGENTE DE MUDANÇAS, é claro mas as Empresas precisam de agentes de mudança, mas não estão buscando isto de forma explícita.
Na verdade elas precisam de alguém que as ajude a reconhecer o precisa ser mudado, e que que as ajudem a fazer as mudanças necessárias.
Mas ainda não se tem uma formação adequada que qualifique um profissional com as competências necessárias. Muito se tem falado do Líder como um Agente de Mudanças, confundindo-se liderança e gestão quando se trata deste tema.
Mas isto é uma Profissão? Uma Cargo? Uma Função?
Como uma profissão, há certificações em Gerência de Mudanças, e esta á uma disciplina muito associada a Gerência de Projetos.
Como um Cargo, grandes empresas já tem definido isto dentro de suas estruturas organizacionais, cujo profissional atua de forma pontual, junto a projetos em andamento.
Como função, esta deve ser atividade a ser exercida por todos, digo todos dentro de uma organização. Não se trata mais de aceitar uma mudança, mas sim de ser o mentor e o gestor da mudança dentro da organização.
Isto pode ser feito desde o porteiro até os mais altos executivos da empresa, e aí está o grande desafio, que é a implementação de uma cultura organizacional que contemple, promova e valorize esta atitude de maneira que se torne uma função de todos.
Para se tornar um agente mudanças, independentemente de certificação ou cargo, o principal é o desenvolvimento de uma atitude de reponsabilidade por manter a utilidade. Com esta atitude haverá a percepção do que realmente precisa ser mudado para que a evolução e a continuidade do negócio.
Quais são as competências que caracterizam um agente de mudanças?
A percepção do que precisa ser mudado, a coragem de defender propostas de mudança, a energia para implementar a mudança e a capacidade de influenciar pessoas para que elas aceitem e se integrem ao processo de mudanças, são as competências requeridas.
Independentemente da sua profissão ou cargo ocupado exerça a função de agente de mudanças, pois isto irá garantir o seu reconhecimento como um “talento”, como também a sua utilidade dentro de qualquer organização.
Dica 5: Seja um Gestor de Talentos
Muito se tem falado sobre Liderança, e como estamos em uma era de grandes mudanças, os processos de liderança também exigem grandes mudanças.
Diferentemente da era industrial, onde o líder exercia uma função focada no controle do trabalho visando extrair uma máxima produtividade da mão de obra, hoje vários aspectos exigem uma mudança na condução dos processos de liderança.
As empresas valem mais pelo conhecimento que produzem do que efetivamente pelos produtos que fabricam. Os produtos intangíveis, entregues através de serviços on-line tem hoje mais valor do que os produtos físicos.
A miscigenação de gerações no ambiente de trabalho, coloca em conflito expectativas e disponibilidade para formas de trabalho altamente conflitantes.
Então, qual é o papel principal do novo líder, neste novo cenário?
Se os que as empresas estão precisando é de “talentos” então o novo papel do líder é o de atrair, selecionar, integrar, desenvolver, reter talentos e ser um facilitador para o desenvolvimento do trabalho.
Estas não são mais funções apenas do Departamento de RH, mas de cada um que exerça qualquer cargo de liderança nas empresas.
Muitos líderes foram encaminhados a esta função, por mérito técnicos e muito poucos tem como competência a gestão de talentos.
Daqui para frente, cada vez mais o líder vai ter menos exigência de” hard skills” e cada vez mais lhe será exigido a aplicação de “soft skills” onde as competências de coaching serão cada vez mais solicitadas.
Se você que ser um “talento desejado”, saiba que a sua qualificação como “gestor de talentos” será um grande diferencial para o seu sucesso profissional.
Estamos em um cenário em que 70% da qualificação profissional tem que acontecer dentro do ambiente de trabalho, e que ou outros 30% serão adquiridos no ambiente on-line ou em processos cooperativos entre profissionais
Além das “soft skills” já referenciadas, você vai precisar de competências como preparação e apresentação de treinamentos e palestras motivacionais, planejamento e acompanhamento da evolução da qualificação do colaborador, alinhamento das expectativas do colaborador com os propósitos da empresa e complementarmente criatividade para facilitar o desempenho do trabalho.
E serão os fatores que irão lhe qualificar como um “talento especializado em gestão de talentos” o qual e altamente desejado pelo mercado.